Patria, Minerva e Antonia Mirabal foram três irmãs dominicanas que lutaram arduamente contra a ditatura de Rafael Trujillo (1930-1961).
Em 1960, elas foram presas, estupradas, libertadas e então, em 25 de novembro deste mesmo ano, foram assassinadas de forma brutal e jogadas numa ravina para que parecesse um acidente de carro.
Este crime comoveu a população a ponte de, segundo a escritora Julia Álvarez, os dominicanos se perguntarem “quando nossas irmãs, nossas filhas, nossas esposas, nossas namoradas não têm certeza, para que serve tudo isso?”.
Quarenta anos depois e a insegurança ainda é uma realidade para as mulheres no mundo inteiro. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, somente no primeiro semestre de 2020, no Brasil, 1.861 homicídios dolosos e 648 feminicídios. Em 2019, foram registrados 66.123 casos de estupro e estupro de vulnerável. Este número significa um estupro a cada 8 minutos no ano de 2019 no Brasil.
Neste mesmo período, foram registrados 266.310 casos de lesão corporal em violência doméstica, uma agressão a cada dois minutos. Foram registrados também 8.068 casos de importunação sexual. Estes dados mostram que meninas e mulheres não estão seguras, nem na rua e nem em casa.
A violência contra a mulher também está no mercado de trabalho. Segundo o DIEESE, quase metade da mão de obra ocupada no Brasil é de mulheres e, mesmo assim, ganham 22% menos que os homens e ainda estão sujeitas ao assédio moral e sexual.
Que neste Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher aquela pergunta dos dominicanos possa promover uma transformação de atitudes na sociedade para que nossas mulheres possam viver em paz.
Não se cale!
Emergência – 190
Disque-denúnica Polícia Civil – SE – 181
Delegacia de Proteção à Mulher – 79-3205-9400
Central de Atendimento à Mulher – 180
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