Usar a arte para discutir a vida real. Esta uma fórmula de sucesso e que traz bons frutos como resultado. E este é o formato que a pedagoga Cassiana Nascimento Matos e a assistente social Luciara Fernandes Batista dos Santos escolheram para discutir a violência doméstica em Nossa Senhora da Glória.
Servidoras do IFS Campus Glória, resolveram tratar deste assunto porque é uma realidade concreta na cidade. “É um projeto para exaltar o empoderamento feminino, voltado para as questões relacionadas à violência doméstica. Direcionamos para esta questão porque Glória apresenta altos índices dessa ocorrência”, disse Luciara.
De acordo com o Mapa da violência de 2017, no Brasil, a taxa de feminicídio é de 4,8 crimes a cada 100 mil mulheres, ocupando a 5ª posição em um grupo de 83 países analisados pela Organização Mundial da Saúde. Em Sergipe, essa taxa é de 5,1 homicídios por 100 mil mulheres, ocupando a 20ª posição no ranking dos Estados brasileiros. Neste quadro, o município de Nossa Senhora da Glória ocupa o 7º lugar considerando o índicie de violência doméstica, sendo o 2º lugar na Região do Alto Sertão Sergipano. No período de 2014 a 2018, foram registrados 70 casos de violência doméstica e quatro casos de feminicídios neste município.
No dia 13 de março, na Praça da Bandeira, elas farão exibição de filme, acompanhada de um bate-papo, aberto ao público, om a participação de representantes do Fórum de Mulheres Glorenses.
Já no dia 21, a sessão será fechada para a comunidade interna do Campus Glória, e alunos, professores e servidores poderão discutir o tema numa roda de conversa logo depois.
“Nós esperamos uma sensibilização da comunidade interna e externa do campus sobre as questões de gênero, como o empoderamento feminino e o combate à todas as formas de violência contra a mulher”, finalizou Luciara.
