Na tarde da última quarta-feira (28) foi realizada em Brasília a 7ª reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP). Mais uma vez o desrespeito com as/os servidoras/es da educação foi eminente, com o Governo não apresentando nenhuma resposta concreta a contraproposta lançada pela bancada sindical.
É possível ver constantemente outras categorias tendo seus reajustes aprovados, bônus concedidos e suas carreiras reestruturadas, veja alguns exemplos:
Auditora/or Fiscal: o governo propôs um bônus progressivo de produtividade, que começará em R$ 4,5 mil neste semestre, subirá para R$ 5 mil no segundo semestre, para R$ 7 mil em 2025 e chegará a R$ 11,5 mil em 2026.
PF e PRF: o governo federal entrou em acordo com os sindicatos e as associações que representam a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para a reestruturação de algumas carreiras das instituições, o que inclui reajustes escalonados de salários entre 2024 e 2026.
Delegadas/os e peritas/os poderão alcançar salários de até R$ 41,3 mil. Escrivães, agentes e papiloscopistas: R$ 25,2 mil. Policiais rodoviários federais: R$ 23 mil.
Polícia Penal: o governo federal, por meio do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), fechou um acordo de reajuste salarial para a Polícia Penal Federal. O aumento médio da categoria será superior a 60%. O salário final passará de R$ 13 mil para R$ 20 mil.
Bacen: o MGI propôs um reajuste de até 23% nos salários de funcionárias/os públicas/os do Banco Central (Bacen) de 2025 a 2026.
ATPS (Analista Técnica/o em Políticas Sociais): com a reestruturação na carreira, as/os servidoras/es passarão a ter remuneração por subsídio e os valores serão reajustados em três parcelas, dentro de três anos (2024, 2025 e 2026), com salários partindo de R$ 9.181,42, podendo alcançar R$ 21.070,00.
ATI (Analista em Tecnologia da Informação): as/os ATI do governo federal terão um plano de carreira próprio, com reajustes salariais parcelados nos próximos três anos. O resultado surgiu a partir de uma reunião entre MGI e a Associação Nacional das/os Analistas em TI (Anati).
Em abril do último ano a Anati falava em salários base de R$ 16 mil para profissionais em início de carreira, podendo chegar a R$ 25 mil, segundo critérios de desempenho.
Auditora/or Agropecuária/o: o governo propôs um reajuste de 23% para as/os auditoras/es fiscais agropecuárias/os em 2025 e 2026.
REAJUSTE JÁ!
Olhando esses exemplos, vemos quantas outras categorias têm prioridade e suas necessidades contempladas, enquanto na vez das trabalhadoras e dos trabalhadores da educação começam as desculpas de limitações orçamentárias. Então fica o questionamento: Governo Lula: para as/os servidoras/es da educação, acabou o dinheiro ou a prioridade?
Queremos reajuste já! Pela valorização das/os servidoras/es públicas/os da educação federal! Não vamos aceitar reajuste zero, além das diversas diferenciações existentes dos auxílios nos órgãos governamentais, que mais uma vez as/os servidoras/es da educação ficam para trás.
Vamos à luta! Para que nossa voz seja ouvida, nossos direitos sejam respeitados e concedidos, sem propostas excludentes. Pela reestruturação das carreiras de técnicas/os administrativas/os e de docentes. A categoria da educação que exerce um papel valioso e indispensável para sociedade merece RESPEITO!
Se não reestruturar, a educação vai parar!