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31/07/2023

Julho das Pretas - Ser, luta, resistir! - Aline Conceição Santos Barros



Ser, lutar, resistir!

Neste mês de Julho das Pretas, estamos conhecendo algumas filiadas do Sinasefe Sergipe que são personalidades marcantes da luta diária contra o racismo, o machismo e toda forma de exclusão. Hoje vamos conhecer Aline Conceição Santos Barros.

SOBRE MIM, SOBRE NÓS!

Sou Aline Conceição Santos Barros, filha do meu saudoso e querido pai, Osvaldo da Silva Barros, e da minha amada e guerreira mãe, Iara Maria Santos Barros. Mãe de João Víctor, casada, sou de família tradicional[...]mente simples e batalhadora, tanto por parte de mãe, quanto por parte de pai. 

Desde cedo, recebi dos meus pais e avós orientação quanto ao respeito a mim e às outras pessoas, bem como quanto à importância da educação, o que potencializou a minha trajetória enquanto mulher negra a trilhar novos caminhos.

Em 1994, fui aprovada no vestibular da Universidade Federal de Sergipe (UFS) no curso de Serviço Social, tendo me formado em 10 de março de 2000. Após formatura, fiz minha primeira especialização em Pedagogia Empresarial e a segunda em Gestão da Política de Assistência Social, as duas na Faculdade São Luís de França. Hoje sou Mestranda da turma 2022.1 do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) no IFS. 

Minha trajetória profissional iniciou quando eu fui contratada para atuar como Auxiliar de Escritório. Após sair de lá, graças a Deus, tive minha primeira experiência como Assistente Social na UFS, na Pró-reitoria de Assuntos Estudantis, realizando estudo socioeconômico.

Na sequência, fui contratada em uma empresa de consultoria que prestava serviço à Prefeitura de Aracaju, para realizar visitas domiciliares (requeridas pelo INSS) às/aos usuárias/os do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Logo após, prestei serviço na Secretaria de Estado da Justiça de Sergipe em um Projeto Psicossocial junto a detentos das penitenciárias de Sergipe (minha lotação foi em Tobias Barreto) de segunda a sexta-feira diariamente (aí eu ainda não havia percebido que minha vida seria cruzando as BRs de Sergipe, pois agora trabalho em Propriá).

Seguindo minha trajetória, trabalhei no Centro de Integração Raio de Sol (CIRAS), onde atuei no Núcleo de Autismo e Deficiências Múltiplas (NADMU). Depois, fui contratada na Prefeitura de Aracaju para fazer parte da Equipe do Orçamento Participativo. Logo na sequência, trabalhei no Asilo Rio Branco, de onde após alguns anos fui chamada a trabalhar no Colégio Salesiano.

Encerrando o ciclo no Salesiano, fui admitida na UNIMED, no setor de Atendimento Domiciliar. Em 2011, fui convocada para exercer vaga em concurso público realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social de Aracaju. Na Prefeitura fui lotada em Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). 

Em 2013, fiz o concurso público do Instituto Federal de Sergipe (IFS) e em abril de 2016 tive a alegria de ser convocada para assumir o cargo de Assistente Social, como servidora pública federal. Com isso, deixei a Prefeitura de Aracaju e desde então trabalho diariamente no IFS Campus Propriá, nos atravessamentos entre as BRs dos diferentes territórios sergipanos. 

No Campus Propriá, integro atualmente a Equipe Multidisciplinar da Coordenação de Assuntos Estudantis, e do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE). Além disso, venho me somando em ações por meio de projetos e programas desenvolvidos no Campus, e atividades em comissões técnicas de trabalho, entre elas a Comissão de Heteroidentificação Étnico-racial, da qual fiz parte por alguns períodos.

O resgate da minha história é também do legado e da força da minha (nossa) ancestralidade: é SOBRE MIM, é SOBRE NÓS! Para as minhas irmãs de jornada ancestral expresso: 'Por mais árduo que seja o caminhar, revistam-se de força, acerquem-se dos que te querem bem, mantenham o foco e continuem! Estamos juntas!"


#JulhoDasPretas #SinasefeSergipe


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