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28/07/2023

Julho das Pretas - Ser, lutar, resistir! - Odailde Ferreira



Ser, lutar, resistir!

Neste mês de Julho das Pretas, estamos conhecendo algumas filiadas do Sinasefe Sergipe que são personalidades marcantes da luta diária contra o racismo, o machismo e toda forma de exclusão. Hoje vamos conhecer Odailde Ferreira.

“Sou Odailde Ferreira, nasci em Aracaju/SE. Filha de Carmen, dona de casa, e Olívio, motorista. Minha história de luta e superação vem desde a infância, oriunda de família pobre onde não havia histórico de formação em nível superior, sendo eu e meu irmão as primeiras pessoas a adentrarem em uma universidade.

Estudei em escola pública e ingressei também em universidade pública. Me formei em Serviço Social pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), possuo especialização em Serviço Social e Políticas Públicas pela Universidade de Brasília (UnB), e sou mestra em Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal de Sergipe (IFS).

Trabalhei nas áreas de Saúde e Assistência Social, atuando em Prefeituras e em Organizações não Governamentais (ONGs). Entrei no IFS como Assistente Social no concurso de 2014, fui lotada no Campus Tobias Barreto desde essa época, percorrendo longo trajeto de estrada na última década. Uma história de desafios!

No Campus Tobias Barreto, fui a primeira Assistente Social da unidade, construindo o legado do Serviço Social, estive como  Coordenadora do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE) e Coordenadora de Assistência Estudantil (CAE). Desenvolvi projetos nos temas: perfil das/os estudantes, projeto de pertencimento eu sou IFS, extensão com o abrigo para pessoas idosas e com a casa acolhedora para crianças e adolescentes, cinema nas escolas, empoderamento das mulheres através da imagem.

Atualmente, desde julho de 2023, estou lotada no Campus Socorro, na Coordenadoria de Assistência Estudantil (CAE), e também vivenciando a experiência de ser, mais uma vez, a primeira Assistente Social da instituição, aonde estarei contribuindo nas diversas ações multidisciplinares.

Minha luta sempre foi a reafirmação das origens pretas, neta e filha de pais negros, sempre vista como "morena" e nunca fui vista como mulher negra. Apesar da minha consciência disso, queria seguir um padrão de beleza branca com cabelos alisados, como reflexo das imposições culturais que somos submetidas/os.

Com o processo diário de empoderamento, reconheço meu status de mulher negra e me reconheço principalmente por me espelhar em outras mulheres negras lindas que me orgulham no meu cotidiano”.

#JulhoDasPretas #SinasefeSergipe


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