O Sinasefe Sergipe, seguindo a sua tradição de entidade fomentadora do diálogo e da democracia, vem a público esclarecer alguns pontos relativos ao processo eleitoral no Instituto Federal de Sergipe:
A publicação das regras e os prazos ínfimos que regem o processo eleitoral do IFS provocaram insatisfação às/aos filiadas/os do Sinasefe Sergipe e à comunidade do IFS pelo ataque aos princípios democráticos. Isso motivou o Sinasefe Sergipe a emitir duas notas públicas, encaminhar pedido de requerimento à Comissão Eleitoral Central e entrar na justiça solicitando a paralisação do processo para que o calendário fosse refeito com prazos razoáveis para uma campanha democrática e justa.
Mesmo com os prazos reduzidos a entidade decidiu, motivada também por filiadas/os, promover um debate entre as candidaturas à Reitoria, principalmente porque não havia sido divulgado nada sobre o debate por parte da Comissão Eleitoral Central.
Era de vontade da diretoria do sindicato, assim como de filiadas/os que estão preocupadas/os com a ausência de debates pelas Comissões Eleitorais Locais, a promoção de debates em todos os Campi onde haverá disputa eleitoral para as Direções Gerais, porém, justamente por conta do reduzido calendário, não haverá tempo hábil já que um evento como esse requer uma logística que leva tempo para ser providenciada, além de mais dias para a promoção dos debates nos Campi que têm mais de uma candidatura concorrendo às direções de campus.
Esperamos que cada Comissão Eleitoral Local consiga garantir esse debate, visto que o atropelo do processo inviabiliza a entidade sindical na promoção de mais debates, e ainda as próprias Comissões Eleitorais Locais de executarem suas funções.
Mas não são apenas os prazos contidos no edital do processo eleitoral que devemos repudiar. O edital proíbe a confecção de adesivos, panfletos de papel para divulgação de propostas, dificulta a campanha no interior do nosso Instituto, chegando ao ponto de só permitir campanha nos setores agendando com o responsável pelo setor. Tenta também impedir servidoras/es que fazem parte de entidades representativas e partidos políticos que elas/es participem do processo eleitoral como candidatas/os. Tudo isso deve ser repudiado porque além de serem regras discriminatórias não contribuem para a democracia interna do IFS, não oferecem igualdade de condições às/aos candidatas/os e só beneficiam a candidatura que representa a gestão numa tentativa clara de se manter à frente da reitoria e das direções gerais a qualquer custo, dando assim um triste exemplo às/aos nossas/os estudantes.
Aproveitamos essa nota para deixar claro que esta entidade sindical não apoia nenhuma das candidaturas para a reitoria e nem para as direções gerais dos Campi, ficando ao encargo das suas diretoras e dos seus diretores o exercício da liberdade de expressão, enquanto servidoras/es do IFS, para manifestarem individualmente as suas posições diante das candidaturas, sem que isso configure o apoio da entidade sindical.
