A 164ª edição da Plenária Nacional do SINASEFE (164ª PLENA) reuniu representantes de todo o país num encontro virtual e deliberou uma série de ações, pois a luta por um ensino público, gratuito e de qualidade ficou ainda mais acirrada com o governo Bolsonaro depois da pandemia da COVID-19.
Sessenta e seis servidores, entre delegados e observadores, representaram 32 seções sindicais de institutos federais (IFs) do Brasil e a delegação sergipana esteve presente com Adelson Fonseca, servidor do IFS Campus Socorro e membro da Comissão Gestora do Sinasefe Sergipe, e Ana Paula Leite, servidora do IFS Campus Lagarto e representante da base.
“As PLENAs são um evento significativo de comunicação entre as seções que compõem o Sindicato, no sentido de unificar as lutas dos servidores dos Institutos Federais e, assim, fortalecê-las”, disse Adelson. “É um espaço importante de repasses dos Informes da Direção Nacional, como um mecanismo para conhecermos e acompanharmos as ações de mobilizações nacionais e internacionais em defesa da educação pública e da classe trabalhadora, que também atua em outras políticas”, comentou Ana Paula.
Dentre as definições da 164ª PLENA está a deflagração de greve em caso de retomada das atividades presenciais nos IFs. “O retorno ao ensino presencial não pode acontecer sem que trabalhadores e estudantes tenham condições sanitárias adequadas à frequência escolar e a semipresencialidade é um engodo à ideia de segurança em relação à Covid-19”, disse Adelson.
A PLENA pontuou a necessidade de se buscar a unidade de todos os trabalhadores e trabalhadoras em educação construindo a plenária nacional convocada pelo Fórum Por Direitos e Liberdades Democráticas, apresentando a proposta de greve nacional sanitária contra qualquer iniciativa em qualquer local do Brasil da reabertura das escolas de forma presencial.
“É importante que estejamos, todos os servidores e servidoras, atentos às investidas do governo federal contra nossos direitos. Faz-se necessário perceber que, quando ocorre a precarização do serviço público, recai sobre os servidores a imagem de incompetentes. Além disso, é nosso papel zelar pela coisa pública. Então, precisamos nos unir nessa luta”, reforçou Adelson.
A PLENA destacou a necessidade de se continuar a denunciar o ensino remoto emergencial como um ato impositivo aos trabalhadores e trabalhadoras, com clara precarização das condições de trabalho e da qualidade do serviço educacional a ser oferecido aos alunos.
“É um projeto excludente, porque não chega a todos os alunos da mesma forma, considerando as condições de acesso digital e mesmo de necessidades de acompanhamento pedagógico. Configura-se como mais uma tentativa do governo em desqualificar a educação pública para vendê-la mais barata, aos amigos do poder”, ressaltou Adelson.
Os representantes definiram que, entre a realização das PLENAS, sejam feitas reuniões regionais, sejam gerais, por pastas ou temáticas. “Nesse ponto, defendi a proposta de ampliação do quantitativo de participantes nas reuniões regionais virtuais, a fim de possibilitar maior participação da base, conhecer outras realidades institucionais e sindicais”, destacou Ana Paula.
“Isso aproxima a categoria para oxigenar o fôlego e travarmos as lutas que temos a enfrentar em defesa de condições de trabalho, tendo em vista o agravamento da saúde de trabalhadores e trabalhadoras; contra o assédio moral, que vem crescendo cada vez mais com a dinâmica do trabalho remoto; e, fortalecer as trincheiras em defesa da educação pública, de qualidade, presencial, inclusiva e referenciada socialmente”, reforçou Ana.
A 164ª PLENA decidiu prorrogar o mandato da atual gestão da Direção Nacional (DN) e não realizar o CONSINASEFE de modo virtual, mas apenas quando houver garantias de retorno das atividades presenciais. A 165ª PLENA deve acontecer em novembro.
Confira todas as deliberações da 164ª PLENA no site do SINASEFE https://sinasefe.org.br/site/164a-plena-encaminhamentos/